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Mulheres no esporte: desafios e conquistas

A história da participação das mulheres no esporte é longa e cheia de desafios. As mulheres estão descobrindo que a prática de esportes oferece uma saída poderosa para se expressarem, superarem seus limites e aumentarem sua autoestima.

Desde a antiguidade, elas têm enfrentado barreiras culturais, religiosas, sociais e institucionais. A inclusão das mulheres no mundo dos esportes foi lenta e gradual. Hoje, elas estão mais que representadas em quase todos os esportes, desde maratonas de longa distância a basquete, passando por golfe e até mesmo futebol.

Descubra como a mulher conquistou o seu espaço no esporte e quais foram desafios enfrentados.

No ano de 2019, o Brasil vive um momento marcante com a participação das mulheres no esporte com a Copa do Mundo de futebol feminino. Foi também o ano de maior audiência registrada enquanto os jogos eram transmitidos por canais abertos e pagos. Os motivos para comemoração são muitos, cada vez mais as mulheres conquistam espaços que eram tidos como “coisa de homem”. Não apenas no futebol, como também em outras categorias do esporte. 

Além disso, a Copa do Mundo de futebol feminino deu destaque a temas muito importantes como as diferenças salariais, condições de trabalho e patrocinadores oferecidos para homens e mulheres na modalidade.

História participação das mulheres no esporte

Historicamente, as mulheres foram desencorajadas a participar de esportes, seja por restrições culturais ou por medo de desafiar os padrões sociais vigentes. Isso significava que as mulheres eram excluídas de diversas atividades esportivas, limitadas ao lugar de espectadoras. Somente recentemente as mulheres passaram a ser vistas como atletas, valorizadas por suas habilidades e conquistas esportivas.

Você sabia?

No Brasil, em 1941, foi instituído um decreto que criou o extinto Conselho Nacional de Desportos, o qual proibia que as mulheres praticassem qualquer modalidade esportiva. Esse decreto, além de limitar o direito das mulheres em participar de atividades esportivas, também restringia o seu acesso ao espaço desportivo contribuindo para a desigualdade de gênero existente naquela época.

Em 1965, foi emitida uma instrução oficial a todas as entidades desportivas do país. Este decreto permitia que as mulheres tivessem a oportunidade de se envolver em atividades desportivas, mas com algumas ressalvas. O Conselho Nacional de Desportos que indicaria as modalidades proibidas para mulheres: “prática de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, pólo aquático, pólo, rugby, halterofilismo e baseball”.

Como eram proibidas de competir oficialmente, as mulheres passaram a criar estratégias como jogos comemorativos e beneficentes, além de competições não oficiais em espaços alternativos como os circos, para conseguir praticar as modalidades proibidas.

Finalmente, no início do século XX, as mulheres começaram a obter sucesso e a conquistar seu lugar nas competições oficiais. Hoje, as mulheres participam de muitos eventos esportivos oficiais, desde corridas de bicicleta até competições de atletismo. É uma realização notável para todas as mulheres que foram pioneiras na luta pelo direito à participação nas competições oficiais.

Hisótia das mulheres no esporte

As mulheres que abriram as portas no esporte merecem todo o nosso respeito e admiração. Elas desafiaram os padrões de gênero e as expectativas sociais, enfrentando diversos obstáculos para se destacar em suas áreas esportivas. Estas mulheres motivaram outras mulheres a seguirem seus passos, aumentando a participação feminina no esporte e inspirando as gerações futuras.

Kathrine Switzer

Kathrine Switzer foi a primeira mulher a oficialmente completar a Maratona de Boston em 1967, desafiando as restrições de gênero que existiam na época. Ela foi posteriormente reconhecida como uma peça-chave na luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres no esporte. Kathrine passou a vida lutando por igualdade, usando sua plataforma para levantar a voz contra discriminação de gênero. Ela continua sendo um exemplo de perseverança e coragem para mulheres de todo o mundo.

Nadia Comaneci

Nadia Comaneci, foi outra que deixou o seu legado no esporte. Com 14 anos, nas Olimpíadas de 1976 em Montreal, foi a primeira mulher a receber a pontuação 10 no exercício de barras assimétricas. 

“ Eu não fujo de um desafio porque tenho medo. Pelo contrário, eu confronto o desafio porque a única forma de livrar-se do medo é colocá-lo embaixo de seus pés.”

Nadia Comaneci

Alice Coachman

Alice Coachman foi a primeira campeã olímpica. Depois de 48 anos de inserção da mulher no esporte, uma mulher negra ganhou pela primeira vez uma medalha de ouro. A norte-americana ganhou a medalha no salto em altura dos Jogos Olímpicos de Londres, deixando a barreira em 1,68. 

Mas, apesar de várias conquistas, algumas coisas ainda não haviam mudado: ao retornar à sua cidade natal, Alice Coachman recebeu uma homenagem, mas o auditório estava dividido (negros e brancos), pois o prefeito, de raça branca, não quis cumprimentá-la e ela foi obrigada a sair pela porta lateral.

“Sempre achei que poderia fazer o que eu quisesse. Incentivo às mulheres a trabalharem e a lutarem duramente.”

Alice Coachman

Marta Vieira da Silva

Recentemente a Marta foi capa da revista Forbes, e recebeu o título de uma das mulheres mais poderosas do Brasil.

No Brasil, Marta Vieira da Silva ( Marta do futebol), é considerada a melhor jogadora de futebol feminino de todos os tempos. Conhecida como ‘Marta do Futebol’, ela conquistou seis vezes o prêmio de melhor jogadora da FIFA, o mais alto reconhecimento que um jogador de futebol pode alcançar. 

Marta também tem o recorde de maior número de gols em Copas do Mundo de futebol feminino, com 17 gols em cinco Copas. Além disso, Marta é conhecida por seu profissionalismo, dedicação e talento. Ela continua a inspirar milhões de meninas em todo o mundo, mostrando que o futebol feminino pode ser tão desafiador e emocionante quanto o masculino.

Veja o que Marta diz à revista Forbes: 

“Quando as atletas do sexo feminino têm a chance de se destacar, os resultados são enormes. E para isso, a Copa do Mundo Feminina de 2019 foi realmente uma virada no jogo. A audiência global do torneio ultrapassou 1 bilhão de pessoas. Tenho orgulho de dizer que o jogo que o Brasil competiu contra a França foi assistido por 35 milhões de pessoas, o maior público de uma partida de futebol feminino da história. Foi lindo ver tantas mulheres e meninas na plateia, além de homens e meninos curtindo o jogo. Jogadoras de futebol, treinadoras, árbitras e jornalistas desafiaram os estereótipos de gênero na cobertura da mídia, demonstraram respeito pela diversidade sexual e, é claro, lutaram por salários iguais. Essas questões foram levantadas diante de um grande público e, como resultado, ganharam força na agenda global. Não apenas elas foram transformadas em ação no mundo do esporte, mas também entre uma nova geração que está exigindo seus direitos.”

Marta Vieira da Silva, também conhecida como Marta do Futebol, é um orgulho para as mulheres brasileiras. Uma grande inspiração para mulheres de todas as idades, mostrando que é possível vencer desafios e atingir grandes feitos, independente do gênero. Marta encoraja mulheres para que não desistam e lutem pelos seus sonhos. Ela é um orgulho para o Brasil e um exemplo para todas as mulheres.

Homenagem da Energy Lab para todas a mulheres

Marta, Alice, Nadia e Kathrine destacaram-se no esporte como exemplo de força, disciplina e coragem. Não apenas por isso, principalmente, porque são mulheres que incentivam outras mulheres. 

A mulher tem o dom de incentivar e motivar aqueles ao seu redor para alcançar o sucesso. Ela é capaz de reconhecer o potencial das pessoas e estimular seu desenvolvimento ao incentivar a criatividade, a motivação e a persistência. Ela pode fazer com que as pessoas acreditem em si mesmas e no meio em que vivem, e isso dá a elas a força para realizar seus sonhos.

Por isso, merecem todo o nosso respeito!

Espero que você tenha gostado desta simples homenagem, mas repleta de carinho e respeito por todas as mulheres, em especial as mulheres da equipe da Energy Lab.

Compartilhe este conteúdo com outras mulheres e nos ajude a incentivá-las a praticar esporte e melhorar a sua saúde.

1 comentário em “Mulheres no esporte: desafios e conquistas

  • Bom dia!
    Reportagens como esta, reforçam uma nova visão de mundo. É uma luta histórica multifatorial que tem que continuar para erradicar esse ainda maléfico paradigma. A massificação de informações sobre as capacidades das mulheres em todos os sentidos tem ajudado (falo por mim) a tornar-me mais justos e humano com as mulheres. Penso que esse caminho nos ajudará, a nós homens, a crescermos rompendo com certos “tabus” do … passado para que possamos harmônica e coletivamente melhor coexistirmos.

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