De um lado, a depressão, doença que normalmente gera a perda de interesse em realizar atividades comuns do dia a dia, altera o humor, fadiga e alteração do padrão do sono. Do outro lado, o exercício físico que atua gerando efeitos completamente contrários à depressão.
Nesse artigo, você vai entender quais são as alterações que ocorrem no seu corpo durante o exercício físico e qual o resultado da combinação exercício físico e crioterapia no combate à depressão.
Depressão é um transtorno mental que afeta milhões de pessoas no mundo todo. A depressão pode ser causada por vários fatores: biológicos, genéticos, psicossociais ou ambientais. Por outro lado, existem também os fatores protetores, que diminuem os riscos de desenvolvimento da depressão ou são capazes de minimizar seus efeitos. Um deles é a prática de exercício físico.
Como o exercício físico pode ajudar a aliviar os sintomas da depressão.
A expectativa de vida de pessoas com depressão é de 10 a 15 anos a menos do que a população em geral. Além disso, indivíduos com depressão, assim como outros transtornos psicológicos, estão mais vulneráveis a doenças como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares. Estes estão relacionados a desregulações hormonais e alterações metabólicas causadas pela depressão.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde, é que adultos façam pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada a vigorosa por semana, inclusive quem vive com doenças crônicas ou incapacidade. Para crianças e adolescentes, a indicação é que se pratique uma média de 60 minutos de atividade física por dia.
Um estudo descobriu que apenas 30 minutos de exercício moderado três vezes por semana podem ajudar a aliviar os sintomas da depressão.
Diferentes intensidades na atividade física
A intensidade corresponde ao grau do esforço físico aplicado ao fazer uma atividade física. Comumente, batimentos do coração, da respiração, do gasto de energia é proporcional à intensidade do exercício, ou seja, quanto maior o esforço, maior o esforço físico.
Para entender qual a intensidade da atividade física que você está praticando, preste atenção em como você se sente. A intensidade pode ser:
- Leve: exige mínimo esforço físico e causa pequeno aumento da respiração e dos batimentos do seu coração. Numa escala de 0 a 10, a percepção de esforço é de 1 a 4. Você vai conseguir respirar tranquilamente e conversar normalmente enquanto se movimenta ou até mesmo cantar uma música.
- Moderada: exige mais esforço físico, faz você respirar mais rápido que o normal e aumenta moderadamente os batimentos do seu coração. Numa escala de 0 a 10, a percepção de esforço é 5 e 6.Você vai conseguir conversar com dificuldade enquanto se movimenta e não vai conseguir cantar.
- Vigorosa: exige um grande esforço físico, faz você respirar muito mais rápido que o normal e aumenta muito os batimentos do seu coração. Numa escala de 0 a 10, a percepção de esforço é 7 e 8. Você não vai conseguir nem conversar enquanto se movimenta.
Ministério da Saúde, 2021.
Como funciona o corpo ao se exercitar?
Pessoas com depressão têm altos níveis de inflamação no cérebro. O exercício estimula a liberação de endorfinas “hormônio do prazer” é um neurotransmissor que estimula o humor e alivia a dor. O papel do exercício físico, nesse caso, é promover uma resposta mais rápida e efetiva do sistema anti-inflamatório. O exercício faz com que os tecidos respondem mais rápida e efetivamente no processo de combate a inflamação e assim, potencialmente, restaure algumas das áreas que estão afetadas pela depressão”, explica Schuch.
Além disso, o exercício pode ajudar a melhorar a qualidade do sono e reduzir os níveis de estresse, ambos os quais muitas vezes são prejudicados em pessoas com depressão. Como também, fornece uma estrutura e uma sensação de realização, que pode ser útil para neutralizar os padrões de pensamento negativos que são característicos da depressão. Finalmente, pode ajudar a aumentar o contato social e reduzir o isolamento, ambos importantes no tratamento da depressão.
Existem vários tratamentos para a depressão, incluindo medicamentos, terapia e exercícios. A prática de atividade física pode ser uma ferramenta preventiva e terapêutica em casos de depressão.
Aqui estão 05 exercícios que podem ajudar a combater a depressão:
1. Caminhar: Caminhar ao ar livre pode ajudar a melhorar o humor e aumentar a energia.
2. Correr: pode ajudar a reduzir o estresse e aumentar a sensação de bem-estar.
3. Yoga: pode ajudar a diminuir a ansiedade e aumentar a sensação de bem-estar.
4. Natação: pode ajudar a diminuir a ansiedade e aumentar a sensação de bem-estar.
5. Meditação: pode ajudar a diminuir a ansiedade e aumentar a sensação de bem-estar.
Atividade física e crioterapia no combate à depressão
A Crioterapia tem ganho cada vez mais adeptos. Segundo muitos pacientes, é um método eficiente para se curar de inúmeras doenças, inclusive a depressão.
A modalidade que mais tem feito sucesso tem sido a crioterapia de corpo inteiro “banheira de gelo”. Desta maneira, a pessoa deve entrar nessa câmera super gelada com o intuito de curar-se de inúmeras doenças relacionadas com a musculatura. Nos Estados Unidos, é o país que mais tem aplicado essa técnica para esse e muitos outros tratamentos. Porém, a cada dia tem crescido o interesse dos brasileiros.
Esse seria um tratamento semelhante a colocar gelo quando há uma contusão muscular. Porém, ele é muito mais gelado e com mais eficiência, já que consegue atingir uma região muito maior.
A baixa temperatura aplicada na crioterapia causa respostas hormonais fisiológicas, como também, a liberação de adrenalina, noradrenalina e endorfinas. O que pode causar um efeito positivo naqueles que sofrem de transtornos do humor, como ansiedade e depressão. Um estudo encontrou que a imersão na banheira de gelo foi realmente eficaz no tratamento de curto prazo para depressão.